Quantos livros tem a bíblia
A Bíblia evangélica tem 66 livros, divididos em Antigo Testamento (39 livros) e Novo Testamento (27 livros).
O Antigo Testamento narra a história do povo de Israel, enquanto o Novo Testamento conta a história de Jesus e inclui cartas de apóstolos.
Embora existam outras versões da Bíblia com mais livros, como a Católica e a Ortodoxa, a Bíblia evangélica é a mais popular entre os protestantes.
A Bíblia na vida da Igreja
A Bíblia é essencial para a Igreja, sendo a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo. Ela oferece sabedoria espiritual e orienta a fé dos fiéis.
Na oração, a Bíblia serve como guia, com os salmos sendo recitados para expressar sentimentos e súplicas. Santa Teresinha destaca o Evangelho como fonte de luz e sentido para a alma.
Durante a missa, as leituras bíblicas revelam a história da salvação e os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos, enriquecendo a liturgia e fortalecendo a fé.
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A doutrina da Igreja também se baseia nas Escrituras, proporcionando uma compreensão sólida da fé, conforme enfatizado por Santa Cesária.
Quantos livros tem na bíblia evangélica
A Bíblia tem 66 livros aceitos por todos os cristãos. A Igreja Católica e a Ortodoxa têm livros adicionais, chamados apócrifos por outros cristãos.
Os livros da Bíblia foram organizados por gênero literário:
- Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio
- Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1/2 Samuel, 1/2 Reis, 1/2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester
- Poéticos/Sabedoria: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos
- Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel
- Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias
- Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João
- Histórico do Novo Testamento: Atos dos Apóstolos
- Cartas Paulinas: Romanos, 1/2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1/2 Tessalonicenses, 1/2 Timóteo, Tito, Filemon
- Cartas Gerais: Hebreus, Tiago, 1/2 Pedro, 1/2/3 João, Judas
- Livro de Revelações: Apocalipse
Os 66 livros foram confirmados como canônicos nos Concílios de Laodiceia (363 d.C.) e Cartago (397 d.C.), que validaram a autenticidade dos livros aceitos e rejeitaram os não autênticos.
Os livros apócrifos (não aceitos pelos cristãos)
Os livros apócrifos, ou deuterocanônicos, têm origem duvidosa e não foram aceitos por estarem distantes dos apóstolos e por conflitos com o conteúdo bíblico.
Embora tenham valor histórico, não são considerados inspirados por Deus.
Livros apócrifos aceitos pela Igreja Católica:
- Tobias
- Judite
- A Sabedoria de Salomão
- Eclesiástico
- Baruque (e a Carta de Jeremias)
- 1 e 2 Macabeus
- Trechos acrescentados a Ester
- Trechos acrescentados a Daniel
Livros adicionais aceitos pela Igreja Ortodoxa:
- 1 e 2 Esdras
- A Oração de Manassés
- 3 e 4 Macabeus
- Salmo 151
Bíblias Católica e Evangélica: como cada religião enxerga as Escrituras?
O papel da Bíblia na Igreja Católica
A Bíblia é essencial na Igreja Católica, revelando a história da salvação e os ensinamentos de Deus.
Ela faz parte de uma tríplice base de fé, junto com a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja, que guia sua interpretação para garantir a integridade da doutrina.
O papel da Bíblia na Igreja Evangélica
Na Igreja Evangélica, a Bíblia é a autoridade suprema e única fonte de fé e prática cristã.
A interpretação pessoal das Escrituras é incentivada, levando os evangélicos a fundamentarem suas doutrinas exclusivamente em passagens bíblicas e frequentemente questionarem princípios católicos que não encontram respaldo direto na Bíblia.
A diferença entre a Bíblia Católica e a Bíblia Evangélica
A principal diferença entre a Bíblia Católica e a Evangélica está na quantidade de livros do Antigo Testamento.
Ambas compartilham os mesmos 27 livros no Novo Testamento, mas a Bíblia Católica inclui 46 livros no Antigo Testamento, enquanto a Evangélica contém 39.
Essa diferença se deve aos “livros deuterocanônicos” presentes na Bíblia Católica e ausentes na versão evangélica.
Historicamente, a Igreja Católica estabeleceu seu cânon com base na Tradição, nas Sagradas Escrituras e no Magistério.
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Os sete livros deuterocanônicos, presentes na Septuaginta (uma versão grega da Bíblia usada pelos apóstolos), foram oficializados no cânon católico durante o Concílio de Trento no século XVI.
Os judeus, por outro lado, fecharam seu cânon excluindo esses livros após a época de Jesus.
Os reformadores protestantes do século XVI, buscando restaurar a “Igreja Primitiva” e rejeitando o Magistério, adotaram o cânon judaico de 39 livros do Antigo Testamento, concluindo que a Igreja Católica havia acrescentado os livros deuterocanônicos ao longo do tempo.
O cânon e a autoridade da Igreja
A divergência entre a Bíblia Católica e a Evangélica envolve a autoridade da Igreja para determinar o cânon das Escrituras.
A Igreja Católica definiu os 27 livros do Novo Testamento, aceitos por católicos e protestantes.
Ao aceitar esses livros, os protestantes reconhecem implicitamente a autoridade da Igreja Católica.
Os protestantes adotam o cânon hebraico, excluindo os livros deuterocanônicos, enquanto os católicos os mantêm em sua Bíblia.
Essa diferença destaca a importância da autoridade da Igreja na interpretação das Escrituras para os católicos, em contraste com a ênfase protestante na interpretação individual da Bíblia.
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Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a interpretação da Escritura está sujeita ao juízo da Igreja, que tem o mandato divino de guardar e interpretar a Palavra de Deus.
Santo Agostinho afirmou que acreditava no Evangelho devido à autoridade da Igreja Católica.
Quais livros existem na Bíblia Católica e não existem na Bíblia Evangélica?
A lista dos 73 livros sagrados, conhecida como Cânon, foi estabelecida pela Tradição Apostólica, orientando a Igreja na seleção dos escritos do Antigo e Novo Testamento.
Os evangélicos excluíram sete livros do Antigo Testamento, chamados de deuterocanônicos, presentes apenas na Bíblia Católica. Esses livros são:
- Tobias
- Judite
- Sabedoria
- Baruc
- Eclesiástico (ou Sirácida)
- I Macabeus
- II Macabeus
Além disso, alguns fragmentos dos livros de Ester e Daniel também são considerados deuterocanônicos.
Conclusão
A Bíblia é central tanto para a Igreja Católica quanto para a Igreja Evangélica, apesar das diferenças no número de livros entre suas versões.
A Igreja Católica inclui os livros deuterocanônicos, enquanto a Igreja Evangélica adere ao cânon hebraico do Antigo Testamento.
Para os católicos, a Bíblia, a Tradição e o Magistério formam a base da fé, enquanto os evangélicos veem a Bíblia como a única autoridade em questões de fé e prática.
Ambas as tradições reconhecem a Bíblia como a Palavra de Deus e a utilizam como guia espiritual e moral.
A diversidade de cânones e interpretações enriquece a compreensão das Escrituras, destacando a profundidade da fé cristã.
Estudar e meditar sobre a Bíblia oferece um terreno comum para diálogo e unidade entre os fiéis, fortalecendo sua fé e compreensão do propósito divino.